domingo, 31 de janeiro de 2010

EXÍLIO

Celena Carneiro

O exílio político eu não vivi, mas
trago comigo as seqüelas
da orfandade que cedo conheci
o exílio fúnebre prematuro
que minha mãe impôs a mim
degradando minha alma ao túmulo
que com ela passei a dividir

O exílio político eu não vivi, mas
“sem eira nem beira” na vida segui
como se diz por aí, caindo daqui dali
sem teto
sem suprimento e,
quando meu amor conheci
agarrei ele
grudei nele
então pensei:
___ Quem sabe ele pode minha vida suprir

O exílio político eu não vivi, mas
em cárcere privado conheci
meu algoz cavalheiro deflorador
tantas esperanças mutilou em mim
sofrida alma menina
todavia,
teimou acreditar em um porvir

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

TROCANDO DE PELE

Resenha do Filme: “História de Amor” de Regina Coeli Rennó

O romance entre Margarida, um belo lápis cor de rosa, e Cravo, um charmoso lápis azul, parecia ser um daqueles amores imortais, que duram um vida toda. Viviam aos beijos e abraços enlouquecidos de amor. As vezes ficavam abraçados por horas em um banco da praça, onde a lua era testemunha das juras de amor que trocavam e dos planos que faziam de uma vida inteira juntos.
Finalmente, conseguiram realizar seus sonhos e foram morar em uma romântica casinha, rodeada por um belo jardim, repleto de flores coloridas que forneciam seus aromas, embriagando de perfume a vida daquele apaixonado e jovem casal. A felicidade de Margarida e Cravo era perfeita, os dias eram regados de carinho e paixão, tinham a firme convicção de que o verdadeiro paraíso pode ser conquistado na terra.
Mas, um dia essa felicidade foi colocada à prova por Rosa, um fascinante lápis amarelo, que chegou e arrebatou o coração leviano de Cravo, que se lançou nos braços sedutores de Rosa, deixando Margarida na mais completa solidão, ainda incrédula diante da fragilidade daquele amor que ela acreditava ser forte e indestrutível. Como seu amor pôde deixa-la pelas primeiras pétalas amarelas que viu, esquecendo suas formosas pétalas rosas? Ele dizia amar seus frescos lábios róseos, onde foram parar as juras que trocaram de uma vida de eterna ventura?
Margarida passava os dias tramando meios de se vingar, aquela desbotada Rosa amarela pagaria muito caro por ter tirado seu amor. Ah! Ela não conhecia a fúria rosa choque de uma Margarida ferida. Iria despedaçar aquela Rosa amarela, não sobraria nenhuma pétala para contar a história. Seus dias e noites eram dedicados aos mais mirabolantes planos de vingança, não conseguia pensar em outra coisa, estava dominada pelo ódio.
Mas, como tudo na vida passa, aqueles sentimentos nefastos que Margarida nutriu por vários meses, também, passou. Ela se cansou de alimentar a raiva e resolveu dar outro rumo à sua vida. Ainda era jovem e poderia ter inúmeras oportunidades, inclusive um novo amor. Pegou um barco e foi mar adentro, abandonando aquela casa que foi um dia seu ninho de amor, se deixando embalar pelas ondas infindas daquele azul oceânico, na esperança de reconstruir sua vida.
Arrependido e decepcionado de sua aventura amorosa com Rosa, Cravo retorna para tentar uma reconciliação com Margarida, seu verdadeiro amor, porém, encontra a casa vazia. Sua tristeza é imensa, mas de repente percebe que Margarida havia deixado cair algumas pétalas, pelo caminho em direção ao mar. Seria um sinal? Cravo entenderia as pistas que seu amor deixou? Seria uma promessa de perdão? Aquelas pétalas caídas, representariam uma esperança de reconciliação ou apenas uma troca de pele de Margarida, em busca da renovação?

sábado, 23 de janeiro de 2010

FOMOS MAUS ALUNOS...

DIMENSTEIN, Gilberto; ALVES, Rubem.

No livro, Fomos Maus Alunos, os autores Gilberto Dimenstein e Rubem Alves, questionam vários aspectos do currículo escolar e a educação desenvolvida nas salas de aula. Essas reflexões são travadas em um diálogo muito esclarecedor e envolvente, pois, os autores narram fatos ocorridos em suas vidas de estudantes desde o ensino básico até o nível superior, fazendo críticas e denúncias, mas, também apontando ou sugerindo algumas alternativas para o bom aproveitamento e crescimento do aluno.

Rubem Alves, inicia suas observações fazendo uma referência a preguiça e a curiosidade do aluno, quando ele fala: “a preguiça pertence essencialmente as rotinas escolares porque nas escolas os alunos são obrigados a fazer o que não querem fazer e a pensar o que não querem pensar...” ( Alves,pg.8).
Com essas palavras, ele está se referindo as obrigações impostas pelos programas escolares, que não priorizam as reais necessidades do aluno, nem o incentiva a desenvolver sua criatividade. O ato de aprender se torna maçante e tedioso para o aluno.
Ele começa a relacionar o conhecimento como uma obrigação, ou, um dever que não lhe proporciona nenhum prazer. Não estimula sua curiosidade, secando assim a “fonte” natural que jorra na direção do saber.
Diante dessa rotina, que a escola impõe ao aluno, este sente-se com as mãos atadas. De um lado a escola é necessária, ele precisa aprender.
Por outro lado, o que a escola está ensinando, ele rejeita, não têm nada há ver com suas necessidades, nem se aproxima de sua realidade, mas, também ele não pode abandoná-la.
Então, o aluno vai levando de forma medíocre seu aprendizado, deixando que a “tal” preguiça escolar o consuma.
Esse estado de total falta de incitamento, o Gilberto Dimenstein descreve, de forma dramática, quando diz: “Não houve um único ano em que a escola tenha sido estimulante e fonte de realização.” E ainda na mesma página: “Ir à escola, para mim, era um processo doloroso. Não conseguia aprender.” (Dimenstein,pg.14).
Com essa visão tão pessimista alusiva à escola, ele vem denunciar sua traumática trajetória estudantil, abrindo espaço para outros questionamentos, que são as defesas que o aluno adquire para continuar freqüentando a escola.
No caso específico de nosso autor, conforme ele mesmo afirma: “Uma delas foi uma dicção péssima: as pessoas não entendiam direito o que eu falava. A outra era minha letra. Até hoje eu não entendo a minha letra.” Dimenstein,pg.14.
Esses mecanismos de defesa são muito comuns nas escolas. O aluno fica o tempo todo buscando uma saída, ou, uma forma as vezes até inconsciente de se proteger.
O sofrimento se agrava quando ele ainda sofre algum tipo de discriminação, seja racial, social, religiosa, enfim, o preconceito nas escolas daria margem, ou, material, para um vasto e infindável debate.
Talvez seja esse o principal responsável pelas mazelas estudantis.
Felizmente nem tudo está perdido. Hoje algumas escolas já estão mudando, gradativamente, as normas curriculares. O aluno já conquistou mais espaços, consegue desenvolver criativamente seu “deveres”.
A tecnologia do mundo atual, traz facilidades, as informações chegam mais rapidamente, basta um “clicar” para o aluno ter contato com o mundo. Ele certamente está fascinado com esse vasto conteúdo que a Internet oferece. Os atrativos são quase irresistíveis. As imagens, o som, poder desenvolver a autonomia saciando sua natural curiosidade, enfim, para ele esse novo universo é algo assim “mágico, um milagre...”
Mas, o professor precisa estar atento, vigilante e direcionar de forma criteriosa essas informações globalizadas que, agora entram na sala de aula via on-line.
Para o professor, também, é um novo aprendizado. Como aponta Gilberto Dimenstein “...o professor aprendiz é aquele que também está junto com o aluno, com curiosidade de saber as coisas.” (Dimenstein, pg.83).
A idéia de que o professor detinha o saber está ultrapassada. O educador hoje já interage melhor com o aluno, aceita a troca de conhecimentos, mesmo porque o aluno possui mais tempo e curiosidade para buscar essas informações.
Alguns professores, desestimulados pelo processo imposto pelo currículo escolar, perderam um pouco, durante a travessia de suas atividades pedagógicas, essa curiosidade.
Rubem Alves observou muito bem essa frustração, quando disse: “O professor também é vítima. O professor é uma vítima...”( Alves,pg.66).
Então, para conseguir lidar com esses novos eventos tecnológicos, o professor precisa redescobrir a curiosidade e a paixão, evitando assim o distanciamento do aluno, preservando o convívio humano professor/aluno. Essa relação afetiva a tecnologia não pode substituir, é indispensável no aprendizado.
A aproximação da família é fundamental. A família precisa “entrar” na escola, “sentar-se” na carteira com o aluno. Precisa participar ativamente, dinâmica e amorosamente, de todos os processos educativos, que seu filho(a) ou ente querido está vivendo. Essa inclusão da família colocará o aluno mais próximo de sua realidade.
A participação e o apoio da família nas escolas dará ao aluno segurança emocional em sua jornada estudantil, fortalecendo sua travessia, ajudando-o a galgar esses misteriosos, mas, maravilhosos degraus da descoberta e do conhecimento.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

SOBRE DESENVOLVIMENTO INFANTIL...

Pais, professores, pediatras são os primeiros responsáveis pelo acompanhamento do desenvolvimento global da criança e precisam estar atentos aos sinais favoráveis e desfavoráveis desse desenvolvimento. A criança precisa ser entendida em suas dificuldades, para que possamos atender as suas necessidades.
O estudo do desenvolvimento humano é uma aventura, é como explorar um terreno desconhecido, naturalmente, existem muitos aspectos que já conhecemos, mas, outros tantos ainda nos surpreende no dia a dia, quando observamos o comportamento de uma criança.
O desenvolvimento é um processo que ocorre independentemente das condições de vida da criança, entretanto, algumas crianças demoram mais, outras menos, o que é perfeitamente compreensível, levando-se em conta o ambiente familiar, social, psicológico, alimentação, entre outros fatores.
Precisamos ter sempre em mente o Homem em sua totalidade e respeitarmos o fato de que cada fase evolutiva prepara a próxima. Devemos estimular de todos os meios possíveis a criatividade, a força inteligente corporal prática na primeira fase, na idade pré-escolar, oferecendo-lhe todo tipo de oportunidades para que imite as atitudes sensatas dos adultos e desenvolva sua fantasia no brincar.
A criança está aprendendo a viver através da imitação e da espontaneidade na comunicação com o meio ambiente e a natureza. Ela vai colecionando imagens, vivências, conhecimentos em sua alma, criando seu próprio mundo interior e o protegendo.
Este seu mundo não consta de conhecimentos que seguem a lógica racional do adulto; é um mundo ainda envolto no véu da fantasia e dos desejos "faz de conta", de esperanças, sonhos e tudo que tem a ver com a vida afetiva, os sentimentos.
No fim desta primeira fase, ocorrem várias transformações, a criança assimila antes na sua forma subjetiva, sendo guiada a observar e reproduzir o mundo que o professor lhe apresenta. Assim ela cria uma base moral sólida em sua inteligência afetiva, que lhe servirá como alicerce sobre o qual edificar um raciocínio lógico, seu instrumento próprio para julgar e avaliar a si própria e ao mundo.
Quando a criança adquiri uma maturidade social para sentir-se à vontade fazendo parte de um grupo, desenvolve a sensibilidade para sentir como o grupo e ela formam um todo. Nesse momento ela está madura para aceitar ordens, solicitar ajuda e procurar na autoridade do professor a segurança que necessita, substituindo a força da imitação, que agora deixou de ter importância. Ela se torna mais receptiva, aceita o certo e o errado, o bom e o mau como algo inquestionável.
A criança que continua com atitudes psíquicas infantis, impróprias para sua idade, precisa da nossa ajuda para desenvolver a necessária autonomia que lhe permita integrar-se e aprender num grupo, seguindo as orientações do professor.
O relacionamento com os adultos e companheiros é de vital importância no desenvolvimento da criança, pois, a formação dessas ligações afetivas permanecem a nível inconsciente, determinando um comportamento social mais confiante e desenvolto nas próximas fases.
Toda mudança é acompanhada por insegurança e medo nas crianças, mas, a família juntamente com a escola podem e devem facilitar essas passagens.

domingo, 17 de janeiro de 2010

SOBRE MODELOS...

Ao longo de nossa vida, estamos, continuamente, construindo, desconstruindo, remodelando e reinventando modelos mentais. São conceitos formados à partir de inúmeras experimentações, comportamentos, intuições, conhecimentos, enfim, normas que nos são passadas pela família, escola e sociedade, segundo as quais, devemos entender como nos comportarmos diante das situações que ocorrem em nosso cotidiano.
Desde que nascemos passamos a observar o mundo que nos rodeia e procuramos nos adequar a ele, seguindo as orientações dos educadores.
Essa primeira educação recebemos, em situação normal, de nossos pais. São modelos comportamentais conforme os padrões que eles acreditam, conhecem e procuram seguir, cada um dentro dos parâmetros de dificuldades que a própria vida lhes oferece, sejam eles concretos ou imaginários.
Uma questão que nos dias atuais é muito questionada pelos pesquisadores educacionais, é com relação a criatividade nata das crianças, que muitas vezes é abortada, tanto em seu próprio ambiente familiar, como, também, na escola.
As crianças quando se deparam com algum grau de dificuldade para resolverem determinado problema, sempre buscam alguma solução criativa, que os adultos, normalmente, não aceitam, por não estar dentro das normas pré estabelecidas.
Temos dificuldades para aceitarmos o diferente, somos muito resistentes às mudanças e temos pouca tolerância para lidarmos com novas idéias.
Os pais tratam com descaso e impaciência as descobertas das crianças, suas invenções são olhadas com aparente aceitação, mas, com pouca seriedade.
A criança logo vai percebendo que é melhor satisfazer os pais e vão se adequando dentro daquilo que eles ensinam. Aos poucos sua criatividade vai dando lugar ao comodismo das normas, muitas vezes, por medo de errar.
Quando a criança vai pra escola, seu aprendizado, também, é baseado em conceitos educacionais e modelos curriculares, que, não raro, são antiquados, rígidos e pouco estimulantes.
Cria-se um bloqueio mental nessa criatividade em nome de um comportamento condizente com aquilo que precisa ser aprendido.
Precisamos, buscar meios de conciliar nos currículos educacionais, além do padrão existente, com novos segmentos valorizando e incentivando a criatividade. Os chamados modelos mentais devem motivar e exercitar a abstração, pois, essa é a base da criação, quando conseguimos nos levar pela fantasia.
Devemos ter um olhar diferente para as idéias cheias de imaginação da criança, lembrando que uma leitura pode ser feita de várias formas. Essas fantasias muitas vezes pode nos oferecer novas formas de trabalho, extremamente gratificante, para nós e para os pequenos educandos.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

MAS, QUANDO FALO...

Cecília Meireles

“Mas,
quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela,
uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas,
e outros,
finalmente,
que é preciso aprender a olhar,
para poder vê-las assim”.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

POEMINHA...

Viviane Mosé

Quem tem olhos pra ver o tempo soprando sulcos na pele
soprando sulcos na pele
soprando sulcos?
o tempo andou riscando meu rosto
com uma navalha fina
sem raiva nem rancor
o tempo riscou meu rosto
com calma
(eu parei de lutar contra o tempo
ando exercendo instantes
acho que ganhei presença)
acho que a vida anda passando a mão em mim
a vida anda passando a mão em mim
acho que a vida anda passando
a vida anda passando
acho que a vida anda
a vida anda em mim
acho que há vida em mim
a vida em mim anda passando
acho que a vida anda passando a mão em mim
e por falar em sexo quem anda me comendo
é o tempo
na verdade faz tempo, mas, eu escondia
porque ele me pegava à força e por trás
um dia resolvi encará-lo de frente e disse: Tempo,
se você tem que me comer
que seja com o meu consentimento
e me olhando nos olhos
acho que ganhei o tempo
de lá pra cá ele tem sido bom comigo
dizem que ando até remoçando

domingo, 3 de janeiro de 2010

QUE MÉDICO É ESSE?

Naquela madrugada, no pronto socorro do UAI Martins, sofrendo dores devido à uma crise de vesícula, eu o vi chegar. Devia estar iniciando seu plantão, pois, eu ainda não o tinha visto naquele período de duas horas, que ali permaneci.
Entrou na saleta medicamentosa onde os pacientes, como eu, tomavam a medicação, se dirigindo a cada um dizendo:
___ Bom dia! Conte-me o que aconteceu, qual foi o seu problema?
Possuía uma fisionomia boa e interessada, ouvindo atentamente as queixas, individualmente. Ao término das narrativas queixosas ele orientava e esclarecia as dúvidas do paciente, quanto ao novo passo a ser seguido.
No dia seguinte, tive que passar por nova avaliação médica.
Era ele!
Enquanto aguardava no corredor, pela minha vez de entrar no consultório, seguia, pela sombra, sua movimentação lá dentro com o paciente.
Então eu pensei:
Que médico é esse, que consegue se levantar de sua mesa e pedir ao paciente que se deite na maca para examina-lo?
Que médico é esse, que inicia seu plantão em uma Unidade de Saúde Pública, em plena madrugada, e antes de se sentar em sua mesa, vem à sala de medicação cumprimentar os doentes e saber seu histórico?
Que médico é esse, que procura se inteirar, pessoalmente, o que está acontecendo, quem está tomando o que, quem está sentindo o que, quem está alì?
Que médico é esse, que anda pelo corredor com um pedido de exame nas mãos, em pessoa, vai até a recepção, solicitar que tal exame seja feito, que seu paciente deve ser encaixado, pois, ele precisa desse diagnóstico laboratorial para aquele dia?
Que médico é esse, que atendeu-me as 10:00 horas da manhã e quando retornei à noite, as 22:00 horas, ainda estava lá e recebeu-me com a mesma atenção, após mais de doze horas de estafante trabalho e, ao me despedir, ele, ainda, desejou-me boa noite e bom descanso?
Que médico é esse, que após ouvir meu agradecimento, respondeu-me que, ele é que era grato?

Durante minha peregrinação pelo UAI Martins, buscando aliviar minhas dores vesiculares, pude observar o atendimento humano desse médico, no trato com as inúmeras mazelas cotidianas de um Pronto Socorro Público.
Todos nós sabemos, tanto por experiência própria, como pela veiculação da mídia, a precariedade do atendimento na saúde pública. São casos e casos de descaso total. O mau tratamento, enchem de indignação as pessoas, em sua maioria de origem simples, desrespeitadas em seu bem maior, a saúde.

É claro que, felizmente, existem exceções e eu fui agraciada por uma delas, por nome de Dr. Marcos Antonio Sahium Junior, um médico de aparência jovem, mas, que com certeza, já fez a diferença na vida de muitas pessoas e, certamente, continuará fazendo.

Esse médico está imune a Pandemia Anêmica que assola os órgãos assistenciais de saúde pública. Nessa contra mão, ele vai dirigindo com perícia e sensibilidade a grande massa de pessoas, fragilizadas pela dor física e, ou, psicológica, em busca de seu pleno direito, por uma assistência digna de sua condição humana.

Celena Carneiro